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Museu Condes de Castro Guimarães

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Ao entrar, deparamo-nos com o claustro, de atmosfera hispano-mourisca. Em torno da fonte, inspirada na crasta do Mosteiro dos Jerónimos, observam-se vários ornamentos cerâmicos, painéis azulejares, pedras epigráficas e um baixo-relevo renascentista.

A Sala dos Trevos, assim designada pela ornamentação do teto em madeira, com os característicos trevos de três folhas, consiste no testemunho da origem irlandesa do primeiro proprietário. 

A Sala da Música conserva um órgão de tipo romântico francês, construído pelo organeiro bracarense Augusto Joaquim Claro e mandado instalar pelo conde em 1912, com a novidade de possuir um sistema tubular pneumático. 

A Sala Neogótica evoca-nos o imaginário medievo e os elementos neomanuelinos, ao gosto revivalista do século XIX. Este espaço foi sucessivamente sala de jantar da família O’Neill, livraria dos condes de Castro Guimarães e primeira biblioteca pública de Cascais.  

No espaço da primitiva cozinha, posteriormente reconvertida pelo Conde em Sala de Leitura, conserva-se o acervo bibliográfico (c. 2830 volumes) que outrora constituiu a sua biblioteca.  Clique aqui para ver a versão ebook de uma das obras que se encontra neste acervo - a Crónica de D. Afonso Henriques

Através de uma escadaria de pedra bem talhada, em caracol, acedemos ao piso superior frequentemente utilizado pela Condessa de Castro Guimarães na “hora do chá” ou em ocasionais reuniões familiares. 

O antigo quarto de vestir dos condes, denomina-se Sala Dr. José de Figueiredo desde 1938, em homenagem a este eminente historiador, museólogo e crítico de arte que integrou a primeira Comissão Administrativa do Museu e reuniu a maioria do acervo aqui patente. 

Nas quatro alas da galeria, que constituem o espaço de circulação sobre o claustro do piso inferior, pode-se apreciar atualmente um conjunto significativo de pinturas e esculturas dos séculos XIX e XX, representando as correntes artísticas do Romantismo, Naturalismo e Modernismo. 

No ambiente áulico do torreão, evoca-se novamente o construtor e primeiro proprietário da casa, Jorge O’Neill, encontrando-se o teto ricamente decorado com os brasões pintados da sua família.

 

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