O Centro Cultural de Cascais apresenta, pela primeira vez em Portugal, Open Space. Trata-se de um projeto norueguês do grupo artístico composto por Christine Istad, Hennie Ann Isdahl, Mona K. Lalim e Lisa Pacini. As quatro artistas chegam ao nosso país com WHERE WE ARE, a sua maior exposição internacional até à data, com trabalhos inéditos criados in situ. A organização é da Fundação D. Luís I e da Câmara Municipal de Cascais, no âmbito da programação do Bairro dos Museus.
WHERE WE ARE junta quatro práticas artísticas individuais que exploram as fronteiras entre o espaço construído e o espaço abstrato ao relacionarem-se com um vasto conjunto de relações ativas entre o detalhe e a totalidade, a função e a superfície. Esta é a sexta exposição produzida por Open Space, na qual será também apresentado o trabalho Travelling SUN.
As peças de Pacini são feitas de materiais destinados a outros fins e tentam alargar as fronteiras da escultura, da perceção e do sentido. O seu trabalho convida e encoraja o visitante a circular em torno das esculturas individuais para as experienciar por completo, tornando os objetos estáticos aparentemente vivos.
Lalim apresenta uma série de quadros em alumínio e folha de ouro com um efeito tridimensional. As peças apontam para a reconstrução do espaço, aludindo a detalhes arquitetónicos e à escala de cores do edifício do Centro Cultural de Cascais, um antigo mosteiro carmelita.
As imagens do farol próximo do museu são o ponto de partida para Istad ao criar uma nova série de fotografias abstratas que exploram a luz que define o espaço.
Isdahl apresenta uma série de novas pinturas e trabalhos para murais em acrílico sobre madeira e MDF. As obras intitulam-se HER. O duplo sentido de HER aponta para um pronome feminino em inglês e "here" (aqui) em norueguês.
Open Spacee refere-se com frequência à noção de história ou lugar, abordando estas ideias no sentido arquivístico, formalmente, ou por vezes oportunisticamente. Este projeto torna-se um espaço de trabalho dinâmico entre as quatro artistas, onde o foco é o entendimento do espaço como um complexo ambivalente e móvel num contexto culturalmente específico.
As criadoras de Open Space estão consagradas no mundo da arte contemporânea na Noruega tendo recebido vários prémios e bolsas.