Não obstante a intensa perseguição da polícia política, Cascais acolheu entre 1943 e 1974 uma ativíssima rede de casas clandestinas do Partido Comunista Português, mas também do Movimento das Forças Armadas, ao qual se deveu a Revolução de 25 de Abril. Neste 47.º aniversário da Revolução dos Cravos, apresentamos "A Rota Resistência e Liberdade em Cascais" que dá a conhecer a história de alguns dos locais mais emblemáticos do concelho para o estudo da resistência ao Estado Novo.

Para percorrer ao longo de 12,5 km, em cerca de 180 minutos, esta Rota leva-nos a percorrer nove locais entre Cascais, Estoril e Parede, onde se tomaram muitas decisões que marcaram a história do Portugal contemporâneo. Algumas das casas foram já demolidas. Permanecem, contudo, alguns registos que nos permitem reconstituir a sua história.

Entre as casas que fazem parte desta Rota consta, por exemplo, a Vila Arriaga, no n.º 14 da Rua do Pinheiro, no Monte Estoril. Foi precisamente neste local que, de 10 a 13 de novembro de 1943, decorreu o 3.º Congresso do Partido Comunista Português, o primeiro na clandestinidade. Vivia-se um momento crucial da II Guerra Mundial, após uma semana de greves em Lisboa. A Rota integra também o n.º 13 da Rua Visconde da Luz, em Cascais, onde, a 5 de março de 1974, mais de 200 oficiais dos 3 ramos das Forças Armadas participaram numa decisiva reunião clandestina do Movimento das Forças Armadas, para a aprovação do texto base do seu programa: "O Movimento, as Forças Armadas e a Nação".

A Rota já se encontra disponível na APP Cascais 360º ou aqui.

Pode descarregar-se o percurso e até imprimi-lo, para ler as informações junto a cada um dos locais destacados, ou usar o "smartphone" tirando partido da rede wi-fi gratuita existente em vários pontos do concelho. 

Com esta nova Rota, a Cascais 360º eleva para sete as propostas de caminhadas de conhecimento em áreas como a Arquitetura,História, Património edificado e Património natural.