A nova exposição, "A Coleção da CHPR em diálogo", inaugura a 31 de outubro e estará patente no Museu CHPR até 26 outubro de 2025.
Será a mais abrangente mostra da Coleção alguma vez realizada, assumindo "a plena missão deste museu, ao disponibilizar a sua coleção de forma mais estável, durante um ano, e estabelecendo uma nova e estimulante leitura, que não obedece necessariamente ao critério cronológico, antes organizando as obras num novo diálogo que valoriza as especificidades do trabalho artístico de Rego e os diferentes aspetos em que se foi centrando ao longo de seis décadas", afirma Catarina Alfaro, curadora e coordenadora da programação e conservação da Casa das Histórias Paula Rego.
Sobre o Museu CHPR refira-se que foi inaugurado há quinze anos em Cascais, museu monográfico dedicado à artista contemporânea portuguesa mais conhecida mundialmente e é um marco no panorama cultural do país. Foi nessa altura (2009) que começou a ser construída a Coleção da Casa das Histórias Paula Rego pertencente à Câmara Municipal de Cascais e agora foco desta nova exposição "A Coleção da CHPR em diálogo".
Como refere Salvato Teles de Menezes, presidente da Fundação D. Luís I e Diretor Municipal de Cultura, "atingidos que estão quinze anos de funcionamento ininterrupto da CHPR, talvez se justifique dizer alguma coisa sobre o modo como se têm desenrolado as atividades neste equipamento cultural do Município de Cascais, mas também referir a existência de uma loja (com assinalável êxito de vendas, muito especialmente os artigos relacionados com a obra da artista e com o próprio edifício) e a decisão de atribuir o nome de Maria de Jesus Barroso ao Auditório, onde têm sido desenvolvidas ações culturais do maior relevo, entre as quais convirá salientar os Encontros Luso-Espanhóis organizados pelas Fundações Duques de Soria e D. Luís I".
Refere o presidente da Fundação D. Luís I que no "cerne da filosofia da intervenção artístico-cultural da CHPR", sempre esteve presente cuidar "do estudo e da divulgação da obra da artista, com exposições e catálogos de excecional qualidade, sem, por outro lado, descurar, como seria desejável e expectável, as relações mais ou menos explícitas de outros artistas com a obra de Paula Rego".
"Apesar de algumas tentativas de desestabilização organizadas por interesses não tão ocultos como desejariam ser, a CHPR está viva e de boa saúde, fazendo jus ao legado da artista, sob a tutela da Fundação D. Luís I e de uma Comissão Paritária cujas atuações foram, para esse efeito, determinadas pela Câmara Municipal de Cascais", conclui Salvato Teles de Menezes.