Com o objetivo de privilegiar o contacto entre o Homem e a Natureza, as obras que constituem a mostra foram criadas para ficarem integradas na paisagem. Este ano, o desafio da Câmara Municipal de Cascais, através da Fundação D. Luís I e da Cascais Ambiente, foi colocado aos artistas José de Guimarães, Inês Botelho e Pedro Cabral Santo.
Os três artistas desenvolveram projetos originais para os diferentes espaços da Quinta do Pisão.
José de Guimarães apresenta a série Vozes Nómadas – personagens multicoloridos que ocupam os campos e as colinas da quinta.
Inês Botelho criou esculturas em metal que se declinam na estrutura natural de um maciço de árvores de porte majestoso situadas no lugar do Refilão. Estas esculturas completam-se com a representação mimética de sombras projetadas nas próprias árvores, recorrendo também à pintura.
Pedro Cabral Santo presta homenagem Santa Rita Pintor através da construção de um foguete que parece pronto a lançar-se no espaço a partir de um dos antigos fornos de cal. A peça intitula-se Fly me to the moon, let me play among the stars Santa Rita.
De 19 de maio a 1 de julho, a LANDART irá receber alunos de várias escolas e público em geral para percursos-ateliê realizados pelo Serviço Cultural e Educativo do Bairro dos Museus.
As obras são efémeras, ficando expostas até ao seu desgaste, provocado pelas condições climatéricas.
A LANDART CASCAIS, comissariada por Luisa Soares de Oliveira, ultrapassa os espaços tradicionais de exposição da arte contemporânea e traz os artistas, e o seu trabalho, para junto da paisagem não construída. A mostra ao ar livre permite ainda um passeio livre pelos 450 hectares da Quinta do Pisão, um local histórico que regista presença humana desde há 5 mil anos, época da Pré-histórica, atualizando-se aos longos dos tempos para dar resposta aos seus milhares de visitantes. Workshops, passeios a cavalo ou de burro, atividades com animais, colheita de hortícolas são apenas algumas das atividades permanentes na Quinta do Pisão.