O escritor e poeta húngaro András Petöcz já está em Cascais, onde trabalhará e residirá até 15 de novembro, no âmbito do Programa de Residências Internacionais de Escrita Fundação Dom Luís I.
Organizadas pela Fundação Dom Luís I, no âmbito da ação cultural da Câmara Municipal de Cascais, coordenadas pela escritora e crítica literária Filipa Melo e efetuadas exclusivamente por convite, as Residências Internacionais de Escrita Fundação Dom Luís I permitem a cada autor-residente uma estada de entre um a dois meses na vila de Cascais, fornecendo-lhe um espaço para alojamento e um espaço para criação. Inauguradas com a residência de Olivier Rolin, em 2018, acolheram em seguida o romancista norte-americano Michael Cunningham (maio a julho de 2019), o romancista inglês Jonathan Coe (outubro a dezembro de 2019), o romancista espanhol Javier Cercas (junho a julho 2021), a romancista brasileira Nara Vidal (novembro 2021) e o romancista italiano Sandro Veronesi (abril 2022).
Reconhecido internacionalmente, este programa de residências literárias distingue-se por hospedar autores consagrados de todos os géneros e de todo o mundo, permitindo-lhes mergulharem num ambiente de refúgio propício para relaxar e criar novos trabalhos, bem como contactarem de forma privilegiada com Portugal e a cultura portuguesa. Os autores-residentes ficam hospedados no hotel Pestana Cidadela Cascais/Pousada Art District (parceiro do programa), idealmente localizado para o envolvimento com a comunidade cascalense.
András Petöcz, escritor, poeta e professor universitário, nasceu em Budapeste, em 1959, e iniciou a carreira literária em 1991. Formado em Literatura Húngara e Língua-História, foi assistente na Biblioteca Estadual de Gorkii por um curto período e trabalhou como editor em revistas de arte e literárias. Até à data, Petőcz publicou cerca de 25 livros de ficção, ensaio e poesia para adultos e crianças. Editou vários volumes de literatura de vanguarda e organizou múltiplos eventos de literatura experimental. Na década de 1980, foi um dos "líderes" da poesia de vanguarda húngara, tendo trabalhado em poesia sonora. Entre os vários prémios literários que recebeu, destacam-se: Prémio Lajos Kassák 1987 (pela poesia experimental publicada no jornal de vanguarda Magyar Műhely), Prémio Attila József 1996 (como reconhecimento oficial do Governo húngaro pela totalidade da obra e atividade literária), Prémio Artisjus 2001 (Melhor Escritor do Ano), Prémio Sándor Márai 2008 (concedido pelo Ministério da Educação e Cultura húngaro, pelo romance Idegenek) e Prémio IPTRC 2021 (como reconhecimento internacional da sua poesia). A obra de András Petöcz encontra-se publicada em várias línguas e está em vias de tradução para o português.
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