Na mais recente intervenção da Câmara Municipal de Cascais na Villa Romana de Freiria foi destapado, para posterior conservação e exposição, o mosaico romano que decorava o pátio interior da casa senhorial de Titus Curiacius Rufino, senhor da Vila Romana de Freiria.
Este achado arqueológico da presença romana no território é um dos mais importantes exemplares deste tipo de mosaicos, porque, como refere o arqueólogo Pedro Braga, "permite ver com bastante clareza atécnica de construção destes pavimentos", nas suas diversas camadas de construção, desde "o statumen, ao Mosaico", passando pelos níveis intermédios como "o Rudus e o Nucleos". Como refere o arqueólogo é particularmente importante porque segue com rigor a descrição da construção deste tipo de pavimentos romanos "tal como o Marcus Vitrunvio Polião", o arquiteto do ´seculo II a.C. "o descrevia" no seu tratado da arquitetura.
Trata-se pois de mais um dos ex-libris da presença romana em Cascais, com mais de 2 mil anos.
Como refere o vereador João Aníbal Henriques, "trata-se de recuperar as memórias da nossa terra. Freiria é um dos mais importantes sítios arqueológicos da Europa e estamos a recuperar o legado do fundador desta Villa Romana, Titus Curiacios Rufino, que tem mais de 2 mil anos, tendo a convicção profunda de que estas memórias fazem parte da nossa identidade e que ao recuperarmos a nossa identidade estamos a criar uma mais-valia que tem uma intervenção direta no dia a adia das pessoas".
À importância cultural junta-se também uma importância turístico porque, como sustenta Bernardo Correa de Barros, presidente da Associação de Turismo de Cascais, "este espaço arqueológico de Freiria é mais um contributo para dar ao turismo, não só de Cascais, mas ao turismo nacional uma oferta cultural. E, não há destinos de qualidade se não tiverem ofertas diversificadas e uma oferta cultural condizente. Este espaço arqueológico de Freiria vem dar um contributo enorme a este turismo de qualidade."
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