Já está em Cascais a romancista e ensaísta francesa Anne Akrich, convidada do Programa de Residências Internacionais de Escrita Fundação Dom Luís I, no âmbito do qual residirá em Cascais até 14 de fevereiro.
Organizadas pela Fundação Dom Luís I, no âmbito da ação cultural da Câmara Municipal de Cascais, coordenadas pela escritora e crítica literária Filipa Melo e efetuadas exclusivamente por convite, as Residências Internacionais de Escrita Fundação Dom Luís I permitem a cada autor(a)-residente uma estada de dois meses na vila de Cascais, fornecendo-lhe um espaço para alojamento e um espaço para criação. Inauguradas com a residência de Olivier Rolin, em 2018, acolheram em seguida o romancista norte-americano Michael Cunningham (maio a julho de 2019), o romancista inglês Jonathan Coe (outubro a dezembro de 2019), o romancista espanhol Javier Cercas (junho a julho 2021), a romancista brasileira Nara Vidal (novembro 2021), o romancista italiano Sandro Veronesi (abril 2022), o poeta húngaro András Petöcz (outubro 2022), a ensaísta norte-americana Noura Erakat (junho a julho de 2023) e a escritora e jornalista franco-marroquina Leïla Slimani (outubro de 2023).
Reconhecido internacionalmente, este programa de residências literárias distingue-se por hospedar autores e autoras consagrados(as) de todos os géneros e de todo o mundo, permitindo-lhes mergulharem num ambiente de refúgio propício para relaxar e criar novos trabalhos, bem como contactarem de forma privilegiada com Portugal e a cultura portuguesa. Os autores(as)-residentes ficam hospedados(as) no hotel Pestana Cidadela Cascais/Pousada Art District (parceiro do programa), idealmente localizado para o envolvimento com a comunidade cascalense.
Anne Akrich (1986) nasceu em Paris, filha de mãe polinésia e de pai judeu tunisino. Passou a adolescência no Taiti, estudou Literatura na Sorbonne, trabalhou como argumentista em Nova Iorque e foi jornalista em França. Publicou romances e ensaios, notórios e muito falados pelo seu tom «belicoso». Em 2018, escreveu o romance Il faut se méfier des hommes nus, sobre a «biografia tragicómica» de um monstro sagrado do cinema, Marlon Brando, e sobre o Taiti. Em 2022, lançou O Sexo das Mulheres: fragmentos de um discurso belicoso, publicado em Portugal pela Quetzal, em setembro de 2023, um ensaio abordando com aparente humor o sexo, a feminilidade e, por vezes, a negação do desejo feminino pelos homens.
Saiba mais no site da Fundação Dom Luís I.