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Exposição "A Emoção do Espaço" junta escultura de Rodin, Man Ray e Miró em Cascais

18 Jun 2021
Rodin, Man Ray, Miró e Henry Moore, entre outros grandes nomes da escultura que marcaram a História da arte nos últimos cem anos, vai abrir ao público a 19 de junho no Centro Cultural de Cascais

Com curadoria de María Toral,"A Emoção do Espaço" resulta de uma seleção de peças da coleção de arte da fundação espanhola Azcona, com sede em Madrid, Espanha.

Para além dos trabalhos de Rodin, Man Ray e Miró, também Max Arnest, Eduardo Chilida, Martín Chirino, Miguel Barceló, Antonio López e Julio González serão representados nesta mostra sobre um suporte – a escultura - nomes que se destacaram nas vanguardas e movimentos artísticos como o cubismo, o modernismo, o dadaísmo, o surrealismo e o realismo.

Durante os séculos XX e XXI, "a escultura passou por mais metamorfoses do que em toda a história desde o seu surgimento como arte", destaca a curadora María Toral, acrescentando que nesta exposição "traçamos um percurso por todos estes 'ismos', até chegarmos ao presente, que nos permite observar, em primeira mão, todas as interpretações desenvolvidas pelos artistas. Todas estas visões têm em comum o processo de representação em diferentes esferas da expressão humana. Falamos da expressão sólida, da tridimensional e, por último, da ocupação do espaço". 

Na escolha da curadora pesou a capacidade de inovação de artistas que "rasgaram conceitos e derrubaram os limites da criação artística", materializando as suas ideias através de materiais como o ferro, a madeira, a pedra, o plástico, o plexiglass e as resinas.

"Para compreender esta evolução é necessário perceber, em primeiro lugar, que a escultura adquiriu um novo significado no século XIX, ainda que de forma gradual, e que artistas como Auguste Rodin, presente na mostra, foram capazes de romper com os conceitos de estátua, dotando-os de maior independência artística", recorda a curadora.

Por isso María Toral cita Rodin: "Onde aprendi escultura? Nos bosques, observando as árvores; nos caminhos, observando a construção das nuvens; no atelier, estudando o modelo; em todo o lado, exceto nas escolas. Apliquei na minha obra o que aprendi com a natureza".

A exposição que é organizada pela da Fundação D. Luís I e pela Câmara Municipal de Cascais, no âmbito da programação do Bairro dos Museus, ficará patente até 3 de outubro de 2021. 

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